terça-feira, 3 de janeiro de 2006
Por baixo do pano - Parte 1
Nós estávamos dando umas voltas para tentar evitar a monotonia da cidade até avistarmos algumas pessoas andando pela praça central, todos estavam de preto, não entendi a princípio do que se tratava, mas Danilo percebeu logo: era uma marcha fúnebre. Aproximei o carro para que pudéssemos satisfazer nossa curiosidade e ver quem havia morrido, mas a concentração de pessoas não permitia. Parei o carro e fomos a pé até o centro da marcha para ver o defunto, não acreditei no que via. Ali estava Helena, uma prima de terceiro grau (ou algo por aí) nossa. A morte ainda não havia tirado a beleza de seu rosto, que ainda rosado parecia sorrir.
Passado o susto, resolvemos ir para a casa avisar Lara - irmã de Danilo - que tinha uma forte amizade com Helena. Ao receber a notícia, desabou a chorar. Algum tempo passou, estávamos mais calmos, então fomos ao velório municipal ver pela última vez a garota que um dia fizera parte de nossas vidas.
Chegando no velório demos nossos votos de pesar aos familiares de Helena e ficamos em um canto esperando diminuir o movimento. O lugar era sujo e mal iluminado, tinha uma aparência realmente assombrosa. As árvores lá fora faziam muito barulho e o vento, que soprava frio em nossas costas, arrepiava bastante.
Márcio consolava Lara enquanto Danilo e eu conversávamos com um tio de Helena. Ele disse que, de manhã, sua sobrinha reclamou de uma dor muito forte na cabeça e logo em seguida caiu inconciente no chão. O atestado de óbito, assinado pelo Dr. Frank, declarava que a morte foi devido ao rompimento de um aneurisma cerebral. Não perguntamos muitos detalhes para evitar aumentar o sofrimento de ambos os lados. Ficamos parados por um tempo, todos choravam muito, mas parecia que o corpo não estava ali, ninguém dava atenção. Cada um sofria sozinho a dor da perda.
Virei para beber um pouco de água no bebedouro que havia atrás da gente e quando reencostei no pilar fiquei pasmo. Lara perguntou preocupada o que havia ocorrido, mas não consegui responder. Helena estava acordada, sentada no caixão esfregando seus olhos e tentando entender o que estava acontecendo. Caminhei até lá, um pouco receioso, e toquei seu rosto. Eu não estava sonhando, ela estava viva! Meus primos chegaram logo atrás e acabaram chamando a atenção de todos ao redor, que, também espantados, se aproximaram e logo nos cercaram para confirmar o que seus olhos enxergavam.
postado por Anônimo - 00:16 -
4 Comentários:
isso me lembro akele clipe do my chemical romance, q tem uma mocinha (gostosinha ateh) morta, dai ela levanta, etc. O nome dela era Helena tbm :X
janeiro 03, 2006 2:10 AM
Historia legal.....principalmente pq eu to participando dela =P
janeiro 03, 2006 2:16 AM
rsrsrsrs...cara, a primeira coisa q lembrei qdo tava lendo foi da musik...srrs mas tah rox, espero q continue...flww
janeiro 03, 2006 1:16 PM
num vo comentar aqui pq já li a segunda parte.
janeiro 16, 2006 4:33 PM
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