du Contra: Sensações

terça-feira, 17 de janeiro de 2006

Sensações

O inexplicável às vezes é difícil de explicar. O inexplicável, no caso, seria um modo de dizer das pessoas para exaltar as características da coisa em questão. Desta vez, por exemplo, falaremos de uma sensação.

Quando falamos em sensações, não estamos limitados às básicas: quente, frio, medo, alegria, tristeza. Posso citar a sensação de lavar, antes de cortar o cabelo no salão.

- Vamo lá? - e sem esperar minha resposta, embala em passos rápidos - Pode ser aqui.

Enquanto me ajeitava, tentando ficar numa posição menos desagradável, já pude sentir a água na minha cabeça, tão quente quanto a temperatura de fusão do Molibdênio. A inicial massagem no meu couro cabeludo me fez ter a falsa impressão que não ia ser tão ruim, ainda mais que já tinha me acostumado com aquela exorbitante temperatura.

Essa impressão parou no exato momento em que meu cabelo começou a ser puxado, um fio de água escorria pelas minhas costas, e meu ouvido foi entupido com espuma. Claro que seria muito animador se essa situação não perdurasse por tanto tempo. Conforme os segundos passavam, o desespero tomava conta de mim. O pescoço já estava doendo, e as pernas começavam a adormecer.

Então, após uns cinco ou seis tipos de shampoos, cremes e produtos fedidos passados no meu cabelo, tive a doce sensação da toalha levantando minha cabeça, e aquilo tudo tinha acabado. O sangue voltou a correr e preencher meu cérebro. Essa seria uma ótima prova valendo a liderança no BBB6.

Vocês podem perceber que as sensações podem ser narradas, e quem sabe, imaginadas pelo leitor, mas continham sendo inexplicáveis.

Já era noite, e qualquer ruído podia ser facilmente abafado pelo barulho das ondas e do vento. Na escuridão, qualquer luz é um holofote, principalmente neste caso em que a lua não podia ser vista.

Chegando mais perto do mar, sentei na areia. Minutos angustiantes de espera, acho que poderia dizer horas, e finalmente o vento começou a perder sua intensidade. Poucos momentos e o aguardado estava chegando, o tempo havia parado. Nada de vento, luzes, barulho do mar ou qualquer movimentação das ondas.

A única escuridão facilmente poderia significar e ser comparada a outras coisas. Desde um quarto pequeno, quente e aconchegante, até a imensidão de um deserto. Loucura, o vazio do que era preto poderia se levar a mudança para outras cores. Não ter vento poderia significar tempestade, e o silêncio talvez fosse preenchido com gritaria.

postado por Zeca Daidone - 19:06 -

6 Comentários:

Anonymous Anônimo:

acho q o sol de ilha comprida fez mal pra vc....huahauhaua....ow, tenta explicar uma cor!! essa eu quero ver
flwww

janeiro 17, 2006 10:31 PM

 
Anonymous Anônimo:

oq estou sentido?
q estou confuso com o ultimo paragrafo o_O

e concordo com o marco explica cor ae e pq vc tem ctz de q o verde q vc enxerga eh o msm verde q eu enxergo =x

janeiro 17, 2006 10:38 PM

 
Blogger Zeca Daidone:

hehe =)

no comments, cor é inexplicável.

janeiro 18, 2006 12:18 AM

 
Anonymous Anônimo:

loool, vcs me partem a napa
;**

janeiro 18, 2006 3:10 PM

 
Blogger Zeca Daidone:

sensações são únicas, inexplicáveis de pessoa a pessoa. explica prum cego de nascença como é a sensação de poder enchergar.

vc consegue explicar o pq de 1+1 ser 2, mas nao consegue falar como é sentir felicidade para uma pessoa que nunca sentiu isso.

acho q o máximo é uma leve noção, mesmo...

janeiro 21, 2006 9:16 PM

 
Anonymous Anônimo:

eh verdade.... vc soh consegue explicar alguma sensação pra alguem se ele jah sentiu antes, senaum nem fodendo q da...

janeiro 21, 2006 10:37 PM

 

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Blog feito para expressar opiniões que eram para ir contra a maioria da sociedade, mas acabam sem expressividade e não expressam nada com expressão mesmo. Então o objetivo é propagar informações e/ou qualquer coisa que talvez não sejam muito informativas, mas o principal e quem sabe até real motivo é servir como uma válvula de escape de uma criatividade extremamente fértil, que infelizmente de vez em quando não é bem direcionada. Por enquanto.

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Estudante de Engenharia de Computação na UFSCar, 22 anos de idade, inquieto quando era para ficar quieto e quieto quando era para inquietar-se, tenta estar animado mesmo diante dos piores cenários para nosso incerto futuro. Saiba mais aqui

Gosta muito de ler, de computadores, internet, desenhos animados, séries (mas não as numéricas), filmes de ação e de aventura, ama o seu quarto e é viciado em Pink Floyd, mas tem ouvido muita coisa ultimamente.

Não gosta de várias coisas, como por exemplo ter que repetir o que disse após um 'oi?' ou simplesmente perder um gol durante a educação física (isso não existe mais, enfim). Em tempos de universidade, não gosta de ter que dedicar tanto a teoria matemática e perceber que toda sua criatividade e tempo livre cada vez são menores. Também não gosta de ter que lembrar o que não gosta.

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