du Contra: setembro 2006

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

Força de vontade

Eu relaciono força de vontade fundamentalmente com não ter preguiça. O grande problema é que se tem uma coisa que eu tenho de SOBRA é preguiça. Ou seja, força de vontade não é meu forte.

Um exemplo que pode ilustrar isso muito bem aconteceu na terça-feira passada. Eu precisava estudar química, pois teria uma prova bem das difíceis na quarta. Já eram 21h30 e eu não tinha nem aberto o livro, mas tive um pouco de consciência e saí do computador, tomei um banho, fui pra cama, peguei o livro e tive a (brilhante!) idéia de ver o que estava passando na TV.

Feliz azar, estava começando a final d'O Aprendiz 3! Não tinha como eu perder, acompanhei todos os dias, então deixei pra estudar depois. Mais ou menos no meio do programa, eu já havia desistido de estudar. Mas quando acabou, fiquei motivado: pessoas que realmente tinham se dedicado haviam conseguido o que queriam e subiram na vida, as palavras do Justus mudaram meu modo de pensar, eu estava pronto para estudar. Foi quando fiquei com sono e preferi dormir.


- Está demitido!

Não sei o motivo dessa minha excessiva preguiça. Só sei que isso ocorre muito mais quando a coisa que preciso fazer me beneficiará mais do que quando preciso fazer coisas para outras pessoas. E tem me prejudicando muito.

Sei que não é uma coisa que afetará um futuro emprego, pois como disse, quando é para fazer algo que não é só para me beneficiar, eu tenho uma boa responsabilidade e sou muito eficiente. Mas, por exemplo, vai me prejudicar bastante nos vestibulares* que prestarei esse ano.

Sou muito exigente comigo mesmo, mas acabo não respondendo essa exigência e não tenho punição por isso. Se sou meu patrão, eu deveria me auto punir. Então vem de novo a maldita força de vontade. Se eu não me punir, quem vai me punir por não estar sendo punido?

Provavelmente isso se deve a uma frustação em meu passado, como em um natal em que houve um amigo secreto gigante com a família e amigos dos meus pais. Era um amigo secreto do tipo que você botava o presente que queria ganhar, e eu escolhi um boneco ARTICULADO do Buzz Lightyear, meu super-herói favorito. Eu queria uma réplica do Buzz que aparecia no Toy Story, queria um Buzz que, quando eu apertasse um botão no braço dele, ele falasse "Ao infinito e além!" (To infinity, and beyond!). Queria um Buzz que ao menos tivesse um capacete.

Mas não, eu ganhei um mini-brinde ESTÁTICO mal pintado por crianças chinesas que ganham 1 (hum) dólar ao dia.


- I'm Buzz Lightyear. I come in peace.


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* Pretendo prestar Fuvest (Engenharia - São Carlos), Unicamp, Unifei e Ufscar. Todos para o curso Engenharia da Computação.

postado por Zeca Daidone - 22:30 - comente (6)

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Não gosto de sonhos

Antes ter um pesadêlo, acordar, e perceber que tudo é mentira, do que ter um sonho, acordar, e ver que nada é verdade.

O blog não acabou, mas estou realmente desinspirado, desmotivado, desanimado.

Talvez mais tarde faça um post sobre algum assunto pendente, mas não é promessa.

Enfim, continuem voltando sempre, milhões de visitantes.


- Como sou depressivo!

postado por Zeca Daidone - 15:22 - comente (1)

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Internet sem seleção natural

Às vezes por pura comodidade não temos o conhecimento da total potencialidade das coisas ao nosso redor, e acabamos não aproveitando tudo que isso pode oferecer.

Um bom exemplo disso é a internet e seus "novos" usuários. Com sua popularização e uso cada vez mais facilitado, a seleção natural de pessoas auto-suficientes deixou de existir.

Explico: mesmo muito novo (pouco menos de dez anos) quando comecei a navegar na web, lembro que não era tudo tão fácil assim como é hoje. O acesso, além de discado* (ou seja, era lento e caía a cada dez minutos), necessitava um provedor pago e muitas vezes limitado (poucas horas por mês!).

Graças a isso, meu pai fazia questão de guardar sua senha a sete chaves, me liberando a internet somente às 15h de domingo, sem direito a rediscagem, ou seja, até cair a conexão pela primeira vez. O que não demorava muito.

Não bastasse a conexão discada e seus problemas, existiam inúmeras outras barreiras para dificultar o acesso e melhor aproveitamento da internet por seus usuários. Programas lentos e cheios de bugs, ferramentas de busca ineficientes, falta de conteúdo comprovado, insegurança...

Por causa de tudo isso, apenas os que tinham capacidade de enfrentar e superar todos esse problemas acabavam participando ativamente e desfrutando de tudo o que a rede tinha para oferecer. Essa era a seleção natural, que deixava a internet com usuários auto-suficientes. Cooperação existia, mas ninguém perguntava algo sem ao menos ter procurado sozinho.

Aí onde quero chegar. Os usuários mais recentes pegaram uma internet muito mais facilitada, em tempos de MSN, Orkut, Google, Wikipédia, banda larga, computadores rápidos...

Qualquer pessoa pode e quer usar, quer entrar na modinha, e logo quando percebe que tem tudo na palma da mão, se acomoda e vira um usuário que não sabe se virar. Não tem a mínima noção de como as coisas funcionam, qual computador está usando, como salvar arquivos em um disquete, nem mesmo como enviar um e-mail!

Quem usa e-mail quando podemos mandar um scrap? Qualquer um pode ver o que mando, mas e daí? Muito mais fácil mandar scrap, coisa que já sei fazer, do que aprender uma coisa nova. Privacidade e segurança são deixados de lado por causa da comodidade e ignorância.

Não existe mais o fuçar, se danar, mas conseguir o que quer e aprender. Precisa fazer algo que não sabe? Só perguntar pra alguém online no MSN, muito mais fácil. Caso esse algúem diga que para fazer o que quer precisa de sua conta e senha no banco, tudo bem, mais fácil do que aprender sozinho.

Quando que isso vai mudar?

Quando tudo voltar a ser difícil o suficiente para seleção natural voltar a existir OU quando tudo vir a ser tão fácil que não existam dúvidas nem perigos. Mas quer começar a fazer sua parte? Não tenha medo de ferrar tudo, aprenda fazer backup, faça backup, e comece a fuçar sem preocupação. Só não vai dar tua senha no banco. DÃ.

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* Em abril, quando mudei de casa, ficamos umas semanas sem ter banda larga, então a solução foi usar de vez em quando a pouco saudosa conexão discada. Me surpreendi ao ver como a qualidade melhorou. A conexão não caiu nenhuma vez e a velocidade ficou estável o tempo todo. Olha que usei um provedor desses gratuitos que existem. Que beleza.

postado por Zeca Daidone - 20:29 - comente (15)

o que era pra ser?

Blog feito para expressar opiniões que eram para ir contra a maioria da sociedade, mas acabam sem expressividade e não expressam nada com expressão mesmo. Então o objetivo é propagar informações e/ou qualquer coisa que talvez não sejam muito informativas, mas o principal e quem sabe até real motivo é servir como uma válvula de escape de uma criatividade extremamente fértil, que infelizmente de vez em quando não é bem direcionada. Por enquanto.

quem acho que sou?

cluster / josé a. daidone neto

Estudante de Engenharia de Computação na UFSCar, 22 anos de idade, inquieto quando era para ficar quieto e quieto quando era para inquietar-se, tenta estar animado mesmo diante dos piores cenários para nosso incerto futuro. Saiba mais aqui

Gosta muito de ler, de computadores, internet, desenhos animados, séries (mas não as numéricas), filmes de ação e de aventura, ama o seu quarto e é viciado em Pink Floyd, mas tem ouvido muita coisa ultimamente.

Não gosta de várias coisas, como por exemplo ter que repetir o que disse após um 'oi?' ou simplesmente perder um gol durante a educação física (isso não existe mais, enfim). Em tempos de universidade, não gosta de ter que dedicar tanto a teoria matemática e perceber que toda sua criatividade e tempo livre cada vez são menores. Também não gosta de ter que lembrar o que não gosta.

siga este caminho

nostálgico passado

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