sexta-feira, 13 de maio de 2011
Zeca on IT
postado por Zeca Daidone - 15:39 - comente (0)
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Não chute pedrinhas
Mas muitas vezes as decisões definem o nosso futuro. É fácil se arrepender, e muitas vezes suas escolhas erradas não tem volta. Consertando o erro ou não, a decisão de hoje estará marcada no passado de amanhã. Mas tomar decisões é viver, quem disse que ia ser fácil?
Anna ou Summer? A pé ou de ônibus? Colar ou estudar? Débito ou crédito?
Porém como o Dr. Brown havia alertado ao Marty Mcfly, as mais simples ações também podem ter influências drásticas no futuro.
Ao decidir chutar aquela pedrinha enquanto você caminhava de volta para casa, você causou um acidente de bicicleta que matou quem era pra ser o John Connor que salvaria a humanidade da revolução das máquinas, por exemplo.
Pois é, não chutar pedrinhas pode salvar o mundo.
postado por Zeca Daidone - 00:45 - comente (9)
domingo, 10 de abril de 2011
Cachorro quente sem salsicha não é cachorro quente
O que caracteriza um cachorro quente é a salsicha, os outros ingredientes são acompanhamentos. Se temos um pão com salsicha, já podemos chamá-lo de cachorro quente, o que não ocorre com o resto:
pão com ketchup: não é cachorro quente
pão com purê: não é cachorro quente
pão com milho: não é cachorro quente
pão com vinagrete: não é cachorro quente
pão com batata palha: não é cachorro quente
pão com mostarda: não é cachorro quente
pão com qualquer outra coisa: não é cachorro quente
Fim de história.
* inspirado numa conversa que tive via MSN com a Samantha, que pede "cachorro quente" sem salsicha e acha que o lanche não muda de nome por causa disso.
postado por Zeca Daidone - 22:43 - comente (5)
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Sem título
Eu ainda não tenho ideia por onde começar.
postado por Zeca Daidone - 23:16 - comente (4)
segunda-feira, 14 de março de 2011
Diário de bordo, sobre festas o inglês
Essa frase fez parte do meu primeiro diálogo em inglês na minha vida toda [1], mas foi uma das poucas coisas que eu realmente entendi do que aquele negão de 2 metros de altura com a camisa do Saints - mais tarde fui aprender que aquilo se chama jersey - falou pra mim.
Sério, eu ainda não tinha parado pra pensar o quanto o sotaque pode complicar no entendimento/aprendizado de uma língua, até me deparar na prática com a diferença da pronúncia das palavras em inglês entre os negões, os manos, os branquelos, os red necks, o povo do norte, o povo do sul, o povo da Inglaterra, da Índia, os latinos... Eu não deveria ter me espantado, eu vivo no Brasil! Também é brutal a diferença entre sotaque e vocabulário (gírias, por exemplo) do povo que fala português. Muda absurdamente entre a galera do PR, RS, BA, SP, Portugal, Angola... Esses dias eu conheci um brasileiro do Pará que vive aqui há 5 anos, e eu entendo melhor quando ele fala em inglês do que em português!
Durante o vôo de Miami para NOLA fiquei pensando em tudo isso e imaginando o quanto estaria ferrado. Eu fui ingênuo ao achar que o meu inglês de filme, video-game e aulas de ensino médio suprisse todas as minhas necessidades.
Mas sabe o
1. Meu inglês é bem fraco.
Assim, eu leio bastante coisa em inglês, e não tenho dificuldades, então arrisco dizer que sou “fluente em leitura”. Raramente tenho problema com vocabulário e, se acontece, normalmente o contexto me poupa de procurar significados
O que complica, mesmo, é na hora de falar. Responder “yes”, “large”, “Brazil”, “Computer engineering”, “I love you too” e “No, I won’t forget you” é fácil. Quero ver você ter um papo de verdade, expor suas ideias sem limitações e espontaneamente, explicar que o Brasil não é feito apenas de samba, futebol e praia, falar que você até que é bonitinha mas não faz meu tipo. Nisso eu era ruim, passaram-se três meses, e continuo sendo ruim. Claro que com uma ou duas Bud Lights eu até melhoro um pouco, e com mais de três eu viro fluente, ainda mais se o interlocutor também tiver tomado umas. O problema mesmo é quando sóbrio.
2. Mas isso não importa.
Ninguém vai rir de você, você não é obrigado a falar certinho, muita gente que nasceu aqui também não fala certinho, e você pelo menos tem uma desculpa. Inclusive, devido ao meu inglês inegavelmente de estrangeiro, logo surgia a pergunta que eu mais gostava de ouvir: “Where are you from?”. Respondia “Brazil” com um sorriso no rosto e o mais próximo que eu conseguia pronunciar o nome do nosso país com esse sotaque estranho, já que quando a gente fala “Brasil” com a pronúncia de brasileiro poucos entendem do que estou falando ("What's Brasil? Oh! Brazil!"). A replica não raramente era: “Really? So cool!”. E meu jeito inseguro sempre pedia desculpa pelo inglês ruim, e SEMPRE, mesmo que tenha sido apenas por educação, falaram que não era ruim. Creio que eles estejam acostumados com a infinidade de imigrantes de todas as partes que vem pra cá sem falar NADA de inglês [2].
Pois é. A partir de um nível básico de inglês você se comunica sem muitas dificuldades. Morrer de fome, pelo menos, você não vai, just ask for the number 3, large, thank you.
3. Meu sotaque é sexy.
Sempre que me ouço falando em inglês eu tenho vontade de me socar na boca e me obrigar a calar forever and ever. Mas que meu sotaque, e acredito que dos demais brasileiros, é sexy (ou hot, ou cute) foi o que me disseram não uma, nem duas, nem cinco, mas no mínimo umas 11 americanas que conversei [3]. E não, nem todas estavam bêbadas. E eu não sou tão gato e sexy por inteiro assim pra todas estarem me xavecando, uma delas era um senhora que simplesmente falou "I like your accent" após comprar um cigarro no comigo no posto Shell (Marlboro Light, provavelmente).
Enfim, divaguei muito já sobre essa questão de idioma, voltemos para a primeira frase.
“Are you going to New Orleans, dude? Oh, man! Be ready to party a lot! You’re gonna party everyday! Be safe!” foi mais ou menos o que o negão com a jersey e boné do New Orleans Saints me falou, na fila pro embarque do avião de Miami pra NOLA enquanto eu ainda estava com o gosto ruim da Coca Cola ruim que havia acabado de tomar e me perguntando se a Coca Cola era realmente pior no seu país de origem [4]. Mas enfim, agora, vamos falar de festa.
Pensando bem, o texto já ficou grande e você merece um descanso. Continua no próximo post!
[1] - As conversas via Chat Roulette, a entrevista de emprego via Skype, a conversa com o embaixador para tirar o visto, ou até com o fiscal da imigração ao entrar no país não contam. Essa foi a primeira conversa oficial, pessoalmente, que tive com um americano dentro dos Estados Unidos.
[2] - A quantidade de hispânicos aqui é íncrivel. Se você não fala NADA de inglês, mas arrisca no espanhol, pode vir que vai se virar bem. As grandes lojas colocam placas em inglês e espanhol, têm atendentes que falam em espanhol, fora as lojas, restaurantes, advogados e etc SÓ de hispânico.
Tinha gente que chegava falando em espanhol comigo! Aliás, isso era uma coisa que irritava... eu PERDI as contas de quantas vezes, ao falar que era do Brasil, a pessoa perguntava se a gente falava espanhol ou, pior, simplesmente começava a falar em espanhol. Falando sobre isso com qualquer brasileiro que encontrei aqui, e após comentar sobre isso no Facebook, percebi que o mundo inteiro não sabe que o Brasil fala português! Foi aí que mandamos (eu e uns amigos aqui) fazer essa camiseta:
[3] - Um fato engraçado foi numa festa, onde eu conversava com um casal sobre eu ser brasileiro e estar ali e etc (não importa o motivo da conversa, ela sempre vai passar por isso) e a menina fala: “Wow! Your accent is so hot!”. Eu, com vergonha, fingi para o namorado dela que não havia entendido, e perguntei o que ela estava falando. O
Revisando o texto agora, lembrei de que uma mexicana que trabalhava no mesmo lugar que eu e uma vez me disse: “Your english is very good, are you really from Brazil? You have an american accent”. Mas se bem que ela não conta, tadinha. Quando eu disse que o meu motorista era da Polônia, ela coçou a cabeça e perguntou se ficava na África, além de misturar inglês com espanhol em todas suas falas, inclusive ao atender os clientes.
[4] Eca, tinha gosto de cloro. Mas deveria ser culpa da água daquela máquina. De qualquer maneira, Dr. Pepper > Coca Cola, e isso vai ser o que eu mais sentirei falta daqui, sem dúvidas!