du Contra: janeiro 2011

sábado, 29 de janeiro de 2011

Diário de bordo, dia 1 (ou dia 48, como preferir)

Pois é, demoraram 48 dias para que eu viesse a escrever aqui novamente (51, na verdade, né), my bad. Acontece que eu comprei um netbook apenas ontem, então só agora poderei postar sobre a viagem. E nah, essa coisa de escrever no caderno e depois digitar quando tivesse a oportunidade não faz meu tipo, eu até tentei no primeiro dia, quando tava no hotel e com insônia, mas depois nunca mais abri o caderno.

Legal é que ontem, no mesmo dia em que eu comprei esse PC, eu tive uma noite tão épica que me fez relembrar que eu tenho um blog e que aquilo mereceria ser narrado e eternizado em formato de texto, para que eu mesmo pudesse ler no futuro e auxiliar a minha memória falha sobre o que acontecia na minha vida em janeiro de 2011. Mas sobre a noite de ontem eu escreverei e publicarei depois, já tenho um rascunho que fiz para contar para meus amigos sem ter que ficar digitando e redigitando a mesma histórias várias vezes, então será fácil relembrar exatamente o que ocorreu.

Hoje eu falarei do começo. O ruim de escrever um texto sobre o passado é que ele não vai representar claramente minhas expectativas daquele momento, já que vivi coisas que talvez representassem o que eu esperava, mas também coisas que foram bem diferentes do que eu imaginava. Mas prometo que tentarei relatar tudo sem influência dos fatos que ocorreram pós-acontecimentos sendo relatados (bela frase, essa, uh?).

Primeiramente, você deve estar se perguntando, do que esse cara tá falando? Calma, seguinte: existe um programa de intercâmbio chamado Work and Travel, e ele funciona da seguinte maneira: estudantes universitários de países subdesenvolvidos (os da América do Sul, nessa época do ano) passam suas férias sendo escravizados fazendo trabalho que ninguém quer fazer no país #1 todo poderoso United States of America. Ixi, olha eu escrevendo sobre influência do que já vivenciei aqui. Mas isso é óbvio, é lógico que eu sabia disso, todo mundo sabe disso antes de vir, não estou reclamando e tenho raiva de quem reclama.

Eles contratam temporariamente estrangeiros para pagar menos num trabalho que ninguém quer fazer, como limpar quartos de hotel, fritar hamburger em restaurante fastfood ou, no meu caso, ser caixa no turno da madrugada de um posto de gasolina Shell. E mais engraçado, esses estudantes pagam caro por isso! Taxas de passaporte, visto, passagens aéreas, a grana que vai para agência pelo serviço de conseguir o emprego e organizar nossa documentação... todo o salário que você ganha durante o trabalho mal paga ou nem chega a pagar todo esse investimento, a não ser que você viva esses três meses SÓ de trabalhar, comer comida barata, e dormir. Nesse caso, o tipo de intercâmbio passa a ser apenas "Work", sem o "Travel", que é o que faz tudo valer a pena.

Os meus motivos, e de todos os outros brasileiros que eu já conheci que estão fazendo ou já fizeram esse tipo de intercâmbio são os seguintes: 1. MELHORAR O INGLÊS, principal motivo, dispensa explicações; 2. viajar e se divertir e comprar eletrônicos (ou cremes e calcinha, se você for menina) praticamente de graça ou bem barato (lógico, se é em troca do seu trabalho, não é de graça, mas você estaria de férias durante 3 meses coçando a bunda no Brasil e só gastando, então né, de graça); 3. experiência de vida. Sério, não é bullshit. A experiência é - desculpem-me pelo vocabulário - foda. E isso conta para o currículo, eu imagino. Se eu fosse contratar alguém, pelo menos, daria muito valor a esse tipo de experiência. Você tá se virando em outro pais, outra língua, outra cultura, tendo que trabalhar e ninguém tá NEM AÍ pra você, não se importam se você nunca varreu um chão ou não sabe trocar o cilindro de CO2 da máquina de coca-cola ou não entende o sotaque do negão de 3m de altura pedindo uma marca desconhecida de cigarro, eles só querem que você faça, e faça bem feito.

Já passou pouco mais da metade do tempo que eu ficarei aqui e já posso dizer que valeu a pena e que eu faria de novo e me arrependo de não ter feito antes. Dificilmente esse pensamento vai mudar, eu espero. Lógico que reconheço que tive certa sorte, já que vim para uma cidade tão sensacional e estou num emprego BEM menos pior do que a maioria dos empregos disponíveis para intercambistas.

Vim, juntamente com meu colega de faculdade e amigo, Victor "Mamãe", para New Orleans, Louisiana. Sim, é a cidade do Katrina, só sabem isso sobre New Orleans, né? Maldita mídia, isso aqui é muito mais e a gente também não sabia. O texto já está ficando grande por hoje, então busque no Google por New Orleans e aumente seus conhecimentos enquanto eu não faço um post exclusivo sobre essa cidade e o que ela tem a oferecer a brasileiros jovens e lindos como eu. Busque também por Mardi Gras Boobies no Google Imagens com SafeSearch desativado.

Em breve eu volto, e dessa vez é verdade.

postado por Zeca Daidone - 05:42 - comente (0)

o que era pra ser?

Blog feito para expressar opiniões que eram para ir contra a maioria da sociedade, mas acabam sem expressividade e não expressam nada com expressão mesmo. Então o objetivo é propagar informações e/ou qualquer coisa que talvez não sejam muito informativas, mas o principal e quem sabe até real motivo é servir como uma válvula de escape de uma criatividade extremamente fértil, que infelizmente de vez em quando não é bem direcionada. Por enquanto.

quem acho que sou?

cluster / josé a. daidone neto

Estudante de Engenharia de Computação na UFSCar, 22 anos de idade, inquieto quando era para ficar quieto e quieto quando era para inquietar-se, tenta estar animado mesmo diante dos piores cenários para nosso incerto futuro. Saiba mais aqui

Gosta muito de ler, de computadores, internet, desenhos animados, séries (mas não as numéricas), filmes de ação e de aventura, ama o seu quarto e é viciado em Pink Floyd, mas tem ouvido muita coisa ultimamente.

Não gosta de várias coisas, como por exemplo ter que repetir o que disse após um 'oi?' ou simplesmente perder um gol durante a educação física (isso não existe mais, enfim). Em tempos de universidade, não gosta de ter que dedicar tanto a teoria matemática e perceber que toda sua criatividade e tempo livre cada vez são menores. Também não gosta de ter que lembrar o que não gosta.

siga este caminho

nostálgico passado

li, gostei, recomendo

feed - sirva-se

outros

Powered by Blogger

Image 

hosted by Photobucket.com

BlogBlogs.Com.Br